Sexta-feira, dia 17 de Dezembro de 2010, 7 mortos nas estradas portuguesas
Em Maio de 2009 morreram 269 pessoas em acidentes rodoviários segundo os critérios estatísticos então em vigor, isto é, contabilização dos mortos dentro de 24 horas (com mais precisão: falecimento no local do acidente ou no percurso até ao hospital).
Em Maio de 2010 morreram 262 pessoas segundo o mesmo critério.
Infelizmente, as dificuldades de interpretação da leitura de dados levam a dizer que estamos a melhorar.
Segundo o critério de contabilização dos mortos a 30 dias (falecimento no local do acidente ou durante os 30 dias seguintes; números só publicados 6 meses depois), os acidentes rodoviários de Maio de 2010 provocaram 342 vítimas mortais.
Nos meses anteriores também se verificou um acréscimo de cerca de 30% das vitimas a 30 dias relativamente às vitimas a 24 horas.
Isto é, andámos a enganar a Europa com as estatísticas. Em 2009 não se fazia a estatística a 30 dias. Isto é, não há dados para comparar. A falta de dados é em Portugal um problema crónico em muitas questões, nomeadamente de transportes. Assim é difícil estudar as soluções corretas.
A sinistralidade rodoviária é mais uma questão em que andamos francamente abaixo da média.
Como dizia recentemente um oficial da GNR, “os limites de velocidade não são cumpridos”. E é aqui que deve insistir-se mais.
É desesperante confirmar nas estradas que os limites não sãocumpridos, é desesperante ver como ficam zangados os condutores quando têm de seguir atrás de quem esteja a cumprir os limites, é desesperante não ver na televisão uma campanha publicitária intensiva, pela positiva (i.é, mostrando o comportamento recomendado e não a transgressão ou os seus efeitos).
Mas os governantes, os decisores e os analistas estão mais preocupados com outros assuntos.
Confirmam-se os resultados do PISA, há um défice grave na capacidade de interpretação dos dados.
Dados retirados de:
http://www.ansr.pt/default.aspx?tabid=57
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