http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1758331&seccao=Arquitectura&page=-1
Com a devida vénia ao DN, comento o projeto ARCA, para a organização do território segundo o eixo longitudinal da Faixa de Gaza, criando um corredor multifuncional de transportes, distribuição de energia e água, acesso ao aeroporto internacional, reurbanização de áreas habitacionais.
O projeto é da autoria do gabinete Suisman Urban Design da Califórnia, a estimativa de custo da obra é de 7 mil milhões de euros e é mais uma tentativa para resolver a bem o conflito israelo-palestino e cumprir finalmente a resolução da ONU sobre a criação do estado palestino.
O modo principal de transporte é o metro de superfície e é aqui que me parece haver uma imperfeição: de acordo com os desenhos, os cruzamentos com o tráfego rodoviário não parecem ser desnivelados, o que aumenta os riscos de acidentes, aumenta os tempos de percurso e diminui a capacidade de transporte (numero de passageiros por hora) porque à aproximação dos cruzamentos os veículos ferroviários devem reduzir a velocidade por terem distancias de travagem maiores.
É o que confirma a experiencia dos metros de superficie do Porto e do Sul do Tejo.
Fica mais cara a obra com os cruzamentos desnivelados. Mas as vantagens do tempo ganho e dos acidentes evitados são os benefícios da tal análise de custos-benefícios que, em tempo de crise, há tendencia para esquecer. Ou dito de outra forma, quando há dinheiro para o investimento, pode investir-se e poupar-se dinheiro com os benefícios decorrentes do investimento; quando não há dinheiro nem investimento, vai desperdiçar-se dinheiro com formas menos eficientes de exploração; só os ricos podem poupar.
Votos de sucesso para o projeto ARCA.
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