Com a devida vénia ao DN e ao seu cronista de provocações dominicais, Alberto Gonçalves, reproduzo a citação de Auberon Waugh : "a vontade de poder é um consumado disturbio da personalidade que, ... ... terá sempre o perigo, em circunstancias adequadas, de induzir as pessoas a começar a ouvir os políticos e a levá-los a sério".
Auberon Waugh era um colunista conservador que apoiou Margaret Tatcher até verificar que ela estava a dar cabo da economia.
Não quero fazer coro com a campanha de descrédito nos políticos, mas de facto a vontade de ser político pode estar associada a uma frustração na vida pessoal, a alguma repressão durante a infancia, ou a uma compensação de alguma insuficiencia, ou a querer manter na vida adulta os jogos de "faz de conta" da infancia. Disturbio da personalidade, talvez variante da sindroma narcisista dos atores, uma necessidade de que a plateia lhes bata palmas. Dir-se-ia que a democracia deveria ter mecanismos de proteção contra estas psicoses. Poderiam ser, por exemplo, testes psicotécnicos. Obrigatórios para qualquer cargo por eleição ou por nomeação. A pessoa, quando votasse, estaria na posse de dados importantes sobre a personalidade do candidato. Mas ainda não tem, a democracia, esses mecanismos. É pena.
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