Este blogue está triste.
O meu colega da EMEF, das lides das normas ferroviárias, não resistiu aos seus problemas cardíacos já antigos.
Duma dedicação e capacidade profissional impecáveis, com o objetivo de serviço da comunidade sempre presente.
Traduziu muitas normas de material circulate e o glossário ferroviário.
Praticante de pesca desportiva.
Como são ignaros os que desmerecem de quem trabalha nas empresas públicas.
E os economistas e os políticos que sabem os custos das coisas e das medidas económicas e políticas e não sabem o valor do que lhes está ligado.
O meu colega era 5 anos mais novo do que eu.
Como se pode falar em aumentar a idade da reforma?
Só porque as estatísticas mostram registos de maior longevidade?
Como diz António Barreto, a estatística não serve para nada, o que serve é a interpretação correta dos dados.
Claro que não estou a responsabilizar nenhum político nem nenhum economista pela morte do meu colega, que sei que andava a ser tratado e que não queria tratamento discriminatório.
Mas subir a idade da reforma é aumentar a probabilidade, para muitos, de reduzir fortemente o usufruto dos anos da reforma quando ainda se tem alguma energia.
Que inferno, só existir nos limites mesquinhos do cérebro humano a ideia luminosa de que o meu colega está agora finalmente entregue à sua pesca desportiva, sem preocupações.
Sem comentários:
Enviar um comentário