Exemplo de aplicação da teoria das probabilidades. O monte da fotografia não é de café. É a terra de um vaso que caiu de uma varanda de um segundo andar. Durante uma manhã passam naquele passeio cerca de 400 pessoas que se deslocam a cerca de 0,5 m/s, pelo que durante 2 segundos cada pessoa está debaixo da área de influencia da queda do vaso.
Considerando uma manhã de 4 horas, teremos 4 x 3600 / 2 intervalos em que 400 pessoas podem ser atingidas.
Donde, a probabilidade de ter havido acidente na manhã em que o vaso caiu terá sido de 400/7200 = 0,055, isto é, 5,5%, valor que para um vizinho como eu não parece aceitável. Claro que a probabilidade baixa se só considerarmos a queda de um vaso ao fim de várias manhãs.
Mas são só hipóteses. Não existem dados concretos com o histórico que permitam saber quantas quedas de vasos existem. Raramente no nosso país existem dados concretos. Por que haveria de haver para uma questão tão urbana e tão corriqueira?
Mas que há quedas, há, e os vasos de flores nunca deveriam estar suspensos para o lado exterior das varandas.
Quanto à falta de dados, será como a maioria gosta de fazer no nosso país. Não havendo tratamento científico dos dados, fica o problema por resolver.
Este texto é dedicado à problemática dos vidros montados nas estações de metropolitano, e que sujeitos à vibração da passagem dos comboios ou dos degraus das escadas mecânicas, podem cair se as fixações não tiverem sido corretamente montadas.
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