Amável comentador que não quis enviar o comentário mostrou-se admirado com a dureza da referncia à Holanda como "flibusteira" financeira por acolher as sedes de empresas internacionais com grandes vantagens fiscais.
Veja-se agora o caso da FIAT, toda orgulhosa da sua fusão com a Chrysler, que pensa instalar a sede da empresa unica na Holanda, para pagar menos impostos.
Mas mais interessante do que este esquema, é a história da engenharia da FIAT.
Durante a crise automóvel do fim do século XX, a FIAT teve de se aliar à GM, que fez os possiveis por se aproveitar dela em beneficio próprio.
Entretanto a FIAT desenvolveu a tecnologia "comon rail" para motores diesel. A GM não quis investir e a FIAT vendeu a patente à Bosch e outros fabricantes subsidiários.
A tecnologia "common rail" foi um exito na economia dos motores diesel, que ultrapassaram em rendimento os motores de gasolina.
Felizmente o casamento inconveniente com a GM chegou ao fim, ao mesmo tempo que a FIAT desenvolvia os motores de gasolina multi-air.
Desta vez não foi preciso vender a patente e o casamento FIAT-Chrysler vai de vento em popa.
Os motores multi-air têm as válvulas com tempo variável de abertura e com a extensão da abertura tambem variável. É então possivel nos baixos regimes deixar passar quantidades de conbustivel mais pequenas do que nos motores convencionais, e, nos regimes altos, controlar o tempo de abertura e a abertura das válvulas apenas o necessário.
Mais uma vez se prova que a engenharia evolui num sentido diferente da economia.
Na economia corta-se na despesa ou rouba-se o sucesso de uma marca (caso da BMW relativametne à ROVER).
Na engenharia investe-se, de preferencia onde se pode aumentar o rendimento, para beneficio dos utilizadores.
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