quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Demissão da administração da Casa da Musica
Choca-me, a petulancia do jovem deputado, a responder ao protesto pelo corte no orçamento da Casa da Musica e pela subsequente demissão da administração.
Que todos deviam saber que a diretriz de agora é de saber cortar melhor ("cortar melhor"?! será a versão para a área da cultura do pífio slogan “fazer mais com menos”?).
Que a Casa da Musica do Porto tem de se subordinar à mesma contenção do Centro Cultural de Belém de Lisboa.
Como se nivelar por baixo fosse correto só por ser nivelar, para mais estimulando a rivalidade bairrista e provinciana que Sofia de Melo Breyner tão bem retratou (que chico esperta forma de manobra de diversão).
Como se estivesse habilitado a avaliar o mérito cultural da programação da Casa da Musica.
Selvagens, nibelungos prepotentes que não sabem do que falam e impõem a sua incultura.
Esgotam a paciencia a um santo.
Ser deputado de um povo não devia ser isto.
Nota - a atividade cultural, como qualquer economista sabe, contribui para o PIB e através da sua componente de atração de turismo cultural internacional comparticipa do setor transacionável. Mas não devia ser preciso explicar isto, a cultura vive por si, como emanação compulsiva da natureza humana (pese embora alguns humanos não sentirem compulsão nenhuma, como se vê no episódio descrito)
PS em 22 de dezembro - Este blogue precipitou-se ao associar o jovem deputado de um dos partidos da maioria à defesa dos cortes de 30% no orçamento da Casa da Musica (redução do orçamento de 10 para 7 milhões de euros). Na verdade, ele fez uma declaração de voto em que disse não dever fazer-se um corte em percentagem maior na Casa da Musica do que no CCB. Peço desculpa, portanto, mantendo a designação de nibelungos para quem insiste nos cortes que levaram à demissão da administração da Casa da Musica.
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