Primeiro, não são os comités de sábios que descobrem soluções onde os outros só vêem dificuldades
Segundo, é o debate alargado aos cidadãos, com a participação de técnicos dispondo de dados concretos e tratados que permite as soluções inteligentes, sem paternidades ou benefícios exclusivos
Terceiro, dificilmente se descobre algo de novo. Recordam-se da ultima cena de um filme catástrofe, sobre o incêndio de uma torre em Nova Iorque ? O filme é dos anos 80, e o chefe dos bombeiros, Steve McQueen, fala o arquiteto principal da torre, Paul Newman: agora já sabemos quais os pontos fracos da sua construção, de que os principais são a dificuldade de evacuação e a inflamabilidade dos materiais; isso já estava nos nossos relatórios, mas agora já tem a experiencia.; e pode sempre contar com a nossa colaboração; sabe onde nos pode encontrar.
Sabe-se como é difícil aos construtores darem ouvidos às normas de segurança.
E sabe-se como é difícil às autoridades chamarem os técnicos com mais experiencia para lhes ouvir recomendações.
Sim, sabemos isso (se me é permitido falar por outros alem de mim) .
Por isso não nos surpreende que seja preciso vir um senhor de fora, German Efromovitch, propor um comité de sábios para analisar um problema complexo como a venda da TAP.
Há anos que o plano estratégico de transportes flutua num impasse com as manobras de diversão da necessidade das alterações estruturais (estruturais em sentido virtual, claro).
Idem para as infra-estruturas de produção de energia. Requiem pelos empreendimentos do QREN (será que os contactos do senhor ministro da Economia com os seus colegas europeus para a reindustrialização da Europa são uma esperança de que começam a compreender?).
Como dizia Steve McQueen, sabem onde nos podem encontrar.
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