terça-feira, 24 de maio de 2011

100 anos do IST




Parabens, velha Alma Mater.
És mais nova do que eu e tens mais energia do que eu para o que é preciso fazer e estás a fazer.
Parabens pelo concerto pelo Grupo de metais Portugal Brass Ensemble.
Como tocaram os blues das American Images de Richard Robble...
Todos tocam bem, mas a tuba, senhores.
Quem disse que os portugueses precisam de melhorar a competitividade?
Este grupo é como muitos engenheiros fazem, falam de igual para igual com os seus colegas estrangeiros.
Discordo do discurso do senhor presidente da Republica.
Não são os engenheiros que se dedicam à política que fazem falta.
São os que se dedicam a fazer as coisas andar.
E felizmente são muitos.
Não são economistas que sabem o custo das coisas, mas não sabem o valor delas, que fazem falta.
Porque se uma coisa custa muito, então a tentação é para que fique parada.
A construção do atual IST obrigou a um empréstimo em 1927 de 3,5 milhões de escudos a um juro de 9% e um prazo de 15 anos.
Concluido o IST em  1934, logo apareceu um senhor engravatado e muito sensato, muito ciente de que "é preciso trabalhar melhor e poupar mais", com um artigo na Gazeta do Caminho de Ferro, a dizer que o IST tinha ido de 8 para 80, saíndo do pardieiro da Boavista (antigo Instituto Industrial) para o colosso da Alameda.
Não é de agora que a falta de visão pode afetar os cidadãos; é de há muito.
Por vontade desses senhores não existia o IST, nem o Alqueva, nem o porto de Sines.
Por vontade desses senhores e das suas contas de deve e haver deixou de existir muita coisa que atenuaria agora o desequilíbrio da balança de pagamentos.
É isso, é difícil saber o valor de uma coisa.
Mais fácil é saber o seu custo, e mais fácil ainda omitir o cálculo do seu benefício.
Mas é difícil explicar estas coisas, quando não se entenderam os princípios da Física nos bancos da escola , antes da universidade, o que limita fortemente a possibilidade de argumentação e contra-argumentação.
clarabóia do pavilhão central do IST

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