segunda-feira, 2 de maio de 2011
Viva o 1º de Maio
Um dos cartazes dizia: MAYDAY.
É a fórmula vocal do pedido de socorro que os anglo-saxónicos usam.
Deriva do francês MÊ-DÊ, fonética de "m'aidez", que é a mensagem SOS da marinha.
Talvez aqui tenha os dois significados, dia de Maio e SOS.
Foi duro o discurso de Carvalho da Silva.
Eu deslocaria o foco da mensagem.
Da luta, que no fundo eu sou pacífico e conciliador, para a exposição fundamentada em cálculos dos objetivos e das propostas dos intervenientes no processo que nos afeta neste Maio de 2011.
Prefiro uma boa discussão assente em análises técnicas.
Por exemplo, aumentar taxas de juro tem ou não por objetivo forçar o aumento de capitais dos bancos portugueses?
E como não há dinheiro em Portugal (não haverá mesmo, nem nos off-shores?), a propriedade acionista deslocar-se-á para o estrangeiro?
Por exemplo, fazer as contas à balança de pagamentos (saldo importações-exportações) das grandes superfícies comerciais que tão abnegadamente proclamam que é preciso trabalhar mais (quanto mais trabalha o setor das grandes superficies comerciais mais se desequilibra a balança de pagamentos? há elementos para fazer essas contas ou não?)
Por exemplo, explicar bem se é verdade que a UE e o BCE querem impor a todos os países o "consenso de Washington de 1990: estabilizar, liberalizar e privatizar".
É que lamento, mas há cidadãos que não concordam com a generalização da segunda e terceira partes (então nos transportes ferroviários, depois dos desastres que por aí se viram).
E em número significativo.
Até porque não há leis universais.
Há domínios específicos de aplicação.
O IVA, por exemplo, não se pode aplicar com a mesma taxa a todos os produtos, pois não?
Por exemplo, ao leite para as crianças e ao Mercedes SLK que o DN insiste em publicitar nas suas páginas.
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