Futebol.
Circo do desvio da atenção das multidões, catarse da violencia das tribos, normalização do individuo no grupo, compensação das frustrações, alucinação como se fosse droga, bolsa de economia, divertimento, desporto, tudo isso e mais ou menos alguma coisa.
Tal como está, eu diria que merecia um cuidado plano de transição para um estado mais pacífico.
Digo isso porque não me parece pacifica a despesa com a construção dos estádios de 2004, nem que a cotação de um jogador do F.C.Porto no mercado das transferencias seja igual ao valor do financiamento a fundo perdido dos investimentos do Metropolitano de Lisboa em 2009 (é uma boa política ir de metro para os jogos de futebol).
Mas isso não interessa agora.
O que eu queria referir, sem dizer que lá fora é que é bom, são alguns pormenores do estádio Arena de Dublin, que deveriam ser considerados sempre que se constrói obra pública, por razões de economia, quer se trate de um estádio , quer se trate de uma estação de metro:
- na construção deste estádio foram reaproveitados 30% de aço e alvenaria da construção anterior
- as coberturas e os paineis transparentes, de policarbonato mais leve que fibra de vidro, garantem alguma luz solar nos interiores e a consequente economia na fatura energética
- a utilização é partilhada (futebol e râguebi)
- a cobertura canaliza as águas da chuva para rega do relvado e da vegetação envolvente
- tráfego automóvel interdito em dias de jogo (anota-se a situação de alto risco com a travessia da Av.Lusiadas pelos automobilistas que deixaram os seus carros estacionados na própria avenida, em dias de jogo no estádio do Benfica)
- mobilidade garantida para pessoas em cadeiras de rodas, com 230 lugares reservados
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