terça-feira, 3 de maio de 2011

Mouseland e Thomas Douglas

Há coincidencias engraçadas.
Quando escrevi o texto do post sobre Ernesto Sabato e as utopias (ver:
http://fcsseratostenes.blogspot.com/2011/05/rtp-forca-das-coisas.html  )
andei à procura de uma designação para os negociadores de empréstimos, os politicos, os governantes, os dirigentes de grandes empresas, e só me ocorreu escrever "grandes", na aceção de senhores importantes, seguros de si, engravatados, de cultura geral e sensibilidade duvidosas.
No dia seguinte encontrei no facebook de uma amiga o retrato perfeito destes senhores. (Não há duvida, não é preciso inventar nada neste mundo, porque nada há de novo à superfície da Terra, pese embora alguns provincianos novos-ricos acharem que com as novas tecnologias o mundo é diferente).
São os gatos nesta metáfora, Mouseland,  de Thomas Clement Douglas, primeiro ministro canadiano de 1944 a 1961 do primeiro governo socialista em território americano.
Nela, Thomas Douglas faz o apelo a que os ratos votem em ratos; que não votem em gatos, embora eles possam fazer uma alternancia democrática entre gatos pretos e brancos, ou até malhados; que diabo, embora os gatos sejam bons gestores, é uma maçada os ratos serem comidos. E, por mais "bolchevique" que se possa chamar a quem pensa assim, por mais disparates que os ratos possam dizer, ou fazer, se por acaso ganharem eleições, o facto inamovível é que podem prender os ratos que assim falam, mas não podem prender a ideia.
Ver em:



Mais pormenores sobre a vida e a política de Thomas Douglas, promotor da Canadian Charter of Rights and Freedom, precursora da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em:
http://en.wikipedia.org/wiki/Tommy_Douglas

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