Duas noticias interessantes, num fim de semana de Junho de 2011, vindas de Inglaterra.
Longe deste blogue a ideia de querer imiscuir-se nos negócios internos de outro país soberano, para mais tão soberano como este se auto considera.
Mas estas coisas dizem respeito a todos os cidadãos da União Europeia, desde a contribuição para as dificuldades económicas de todos devidas aos gastos com a guerra no Médio Oriente, até às preocupações com as desigualdades sociais, expressas pelo coeficiente de Gini.
1 - Os cidadãos vão ficar sem informações seguras sobre as condições da morte de David Kelly, perito de armas inglês morto em 2003. Kelly tinha informado a BBC de que o governo inglês tinha "empolado" a existencia de armas no Iraque. Sobre as causas da guerra do Iraque já existem informações suficientes, mas sobre esta morte não vai haver, por decisão oficial. Pena não ficarem as coisas esclarecidas.
2 - O arcebispo de Canterbury acusou o atual governo inglês de perda de contacto com a realidade e de promover reformas radicais sem o apoio popular, afetando o sistema de saúde, a educação e o sistema das reformas.
À luz da síndroma de Hurbis, compreende-se, as orientações dos governos são muitas vezes repetidas, e os seus ministros convencem-se mesmo que são muito úteis.
Mas existe este grande problema, a distancia à realidade, a construção pelas forças mais votadas de modelos e abstrações que simulam mal a realidade.
Parecerá insuficiente a existencia do arcebispado de Canterbury, apesar de ter ligar reservado na Câmara dos Lordes, para poder corrigir-se a trajetória.
Afinal, o problema é universal, não é específico deste país do sul e da periferia ocidental da Europa.
O regime partidário deveria deixar espaço para a iniciativa dos cidadãos, por exemplo, para definir os objetivos principais, que deviam ser, estou certo que o arcebispo concordaria, a melhoria do coeficente de Gini e a aplicação da declaração dos direitos humanos.
Isto para não falar nas ideias de António Coutinho, do Instituto Gulbenkian de Ciencia.
É complicado, mas começa a haver literatura sobre o assunto.
E haveria que pôr na equação a Ciência (citação do prof.Carvalho Rodrigues) e não apenas as receitas académicas das escolas de economia.
Mais uma vez cito A Sabedoria das Multidões sobre a metodologia a praticar...
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