Quando a harmonia chega
de Carlos de Oliveira
Escrevo na madrugada as últimas palavras deste livro;
e tenho o coração tranquilo,
sei que a alegria se reconstrói e continua.
Acordam pouco a pouco os construtores terrenos,
gente que desperta no rumor das casas,
forças surgindo da terra inesgotável,crianças que passam ao ar livre gargalhando.
Como um rio lento e irrevogável,
a humanidade está na rua.
E a harmonia, que se desprende dos seus olhos,
densos ao encontro da luz,
parece de repente uma ave de fogo
Podem ver imagens muito bonitas de Lisboa, ilustrando o poema, a partir do minuto 4:20 deste video com o programa camara clara da RTP2 de 29 de dezembro de 2011:
http://www.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=26022&e_id=258&c_id=8&dif=tv
Recordo uma iniciativa em dezembro de 2004 do ministério dos transportes.
Reuniu administradores e diretores de todas as empresas públicas de transporte na sala de congressos do estádio municipal de Coimbra.
Tinha sido contratada uma empresa de consultoria de gestão que nos dividiu em grupos para análise dos problemas de transportes em Portugal.
Cada grupo entregou as suas conclusões que foram depois sistematizadas no painel de conclusões.
O objetivo era diagnosticar os problemas e dinamizar as suas soluções.
Uma das medidas propostas foi mesmo para a frente, a contratação pelas empresas de um numero significativo de recem licenciados com as melhores classificações.
Tive o prazer de trabalhar com alguns no metropolitano de Lisboa.
Outras medidas amplamente discutidas na reunião perderam-se entretanto nas vicissitudes de um ministério atribulado.
Mas ficou o contacto franco entre técnicos de todo o país.
E ficou também, a abrir a reunião, o texto da consultora, citando o poema de Carlos de Oliveira e homenageando quem muito cedo começa a animar as ruas das cidades para tomar os transportes operados por quem tem tambem de se levantar cedo.
Será justo que os governantes continuem a criticar a produtividade e a competitividade destes cidadãos e cidadãs, que são os "construtores terrenos, a humanidade na rua", atribuindo-lhes culpas do endividamento?
Era ministro dos transportes António Mexia, e secretário de estado Jorge Borrego.
Não há segunda intenção ao citar os nomes.
Apenas registar que foi uma iniciativa meritória, que aplicou o método correto de abordar os problemas concretos, e que contrasta de forma chocante com o secretismo do atual ministério dos transportes e do seu plano estratégico.
a muitos anos o forte da graça em elvas era protegido pelos tenderos. hoje so existe um grupo de jovens descendentes desta raça que vivem na barraca tentam proteger do mal que existe na terra. um dia um membro dos tenderos quis sair do grupo e criar outro gangue, o tiaguismo. Para tal, recrutou a maior parte dos tenderos originando uma guerra entre tenderos vs tiaguismo. uma guerra sem fim. com isto surgiu o gangue da amendoa que sao uma ameaça ao mundo. sao abitantes de outro planeta com linguagem propria e que recrutaram mais de metade do planeta. para impedir que o mal invade a terra os tenderos e os tiaguistas tem que se unir, mas o lider tiago gomes recusa-se. cabe aos tenderos acabar com o gangue da amendoa e trazer a paz ao mundo.
ResponderEliminarCurioso como a partir de um texto aparentemente desligado do que escrevi e desconexo, é possível fazer uma interpretação consistente.
EliminarVejamos, tenderos são os lojistas, os que pagam impostos para venderem mercadorias. Tianguistas, palavra que vem de tianguis (com origem, como exxplica a wikipédia, na Aérica pré colombiana, são os vendedores ambulantes, ou vendedores nas feiras. Pode nascer um conflito entre os dois, mas a ameaça comum aos dois, o gangue da amendoa nesta metáfora, pode ser a teoria económica agora dominante, a do mercado nas mãos das grandes empresas e regulada pelos economistas e políticos ao seu serviço...e que já conquistaram muitos eleitores, é verdade...