Realmente é uma pena, o progresso tecnológico ser apropriado por grupos e gestores económicos.
Aquilo que Marx escreveu, que esse progresso permitiria disponibilizar às pessoas cada vez mais benefícios com cada vez menos custos, foi pervertido.
Também foi pervertido um princípio científico e técnico, que qualquer nova tecnologia permite fazer o mesmo que a anterior, mais o que corresponde ao progresso técnico (por exemplo, uma emissão a cores podia ser vista a preto e branco num televisor antigo). Quando isso não é razoável, há que estabelecer um plano de transição para minimizar os prejuízos dos cidadãos e cidadãs.
Mas em Portugal, com aquela mentalidadezinha oportunista, aproveitou-se o aumento do numero de canais, tornado possível pela nova tecnologia digital, para aumentar as receitas dos grupos económicos através da sua venda, sem reverter parte desses ganhos para os habitantes em zonas de pior cobertura (15% do território!?), para compensação dos custos mais elevados (por exemplo, receção por satélite, ou distribuição por cabo a partir de um recetor em local de melhor receção).
É a "esperteza" habitual nos níveis de decisão.
Compatível aliás com o baixo nível cultural da programação televisiva de muitos canais. Parece que a moda que está a nascer agora é a "mediunidade", com programas em que aparecem crianças a relatar os contactos com pessoas familiares falecidas.
Que impressão.
http://www.tabonito.pt/tdt-a-vergonha-nacional-sabiam-disto/
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