Lisboa, Chelas, parque da Belavista.
Ruído de obras de arranjos para o próximo Rock in Rio.
Existe um contrato entre a câmara de Lisboa e a organização deste espetáculo.
Tem vantagens e terá inconvenientes.
O que me interessa focar é a prioridade que se dá a esta atividade.
Durante o ano, o parque permite o usufruto pelas pessoas que moram perto, em Chelas, e é um gosto vê-las felizes a passear e a piquenicar.
Mas assim se vê a hierarquia de valores dos decisores.
O parque não tem infraestruturas para os seus beneficiários habituais.
Não tem instalações sanitárias, não tem um café, não tem edifícios de apoio.
Tem uma vedação em grande parte da sua extensão inestética.
Tem um campo de golfe abandonado com as respetivas infraestruturas de apoio fechadas.
Podia ser um pequeno Central Parque.
Podia não ser monopolizado pelo Rock in Rio.
Mas não vale a pena chorar no leite derramado.
E até dá jeito, para que se deixe estar o parque como está, manter o preconceito de que o local é inseguro, e que os moradores são os moradores da zona N de Chelas.
Há dinheiro para o Rock in Rio, não há dinheiro para o parque da Belavista.
É uma questão de opção.
Chelas, zona N |
Fim de tarde, chegada do trabalho |
Parque de merendas |
O palco do Rock in Rio, com o Tejo muito ao fundo |
Contraluz de sobreiros, alfarrobeiras e pinheiros |
Sobreiros, alfarrobeiras e pinheiros |
A pérgola abandonada |
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