terça-feira, 2 de outubro de 2012

António Coutinho



Este blogue já registou o pensamento sábio de António Coutinho, diretor do instituto de ciencia da Fundação Gulbenkian: 

Agora que termina o seu mandato, ao mesmo tempo tempo que vai trabalhar na autonomização do instituto relativamente à casa mãe, o serviço público da Antena 2, que os nibelungos ainda não conseguiram paralisar, transmitiu a seguinte entrevista:


É uma pena os meios de comunicação social não darem mais atenção e não divulgarem o que pensa e faz António Coutinho.
Eu sei que a incultura tem muita força, e que faltam meios de divulgação da cultura e dos métodos de organização de comunidades produtivas e de tomada de decisões.
Que pessoas como António Coutinho se envolvem com os seus pares especialistas e conseguem trabalhar em grupo com a participação de todos e que até acabam por dizer que a ciência em Portugal progrediu muito desde 1980.
Como eu gostaria que isso tivesse acontecido fora do seu círculo especializado.
Mas sublinho a importância do que diz António Coutinho: que o principal é a tolerância de saber ouvir as críticas, de dar força aos jovens, de não se ficarem, nas comunidades de trabalho,  pelo top-down e investir decididamente no método bottom-up, envolvendo os colaboradores em trabalho de equipa. De abordar os problemas e adotar os métodos de solução conforme os bons princípios.
Que não são as regras que fazem falta, são os princípios. É a ausencia de respeito pelos princípios que leva as pessoas a suspirarem por regras.
Pena, mesmo, a dinamização da sociedade civil, ao nível das assembleias de freguesia, ao nível dos programas de TV e rádio, ao nível de grupos de especialistas, ser tão difícil em Portugal.

Não são precisos lideres iluminados ou guiados por uma fé cega que arrastem multidões e salvem pátrias.
Não são precisas reformas que irão ao encontro de interesses em expansão.
São as próprias pessoas, ao seu nível, que podem fazer o país progredir, apesar dos detentores das interpretações ditas corretas das coisas.
Vou repetir-me, vou citar novamente "a sabedoria das multidões" de James Surowiecky, "a revolução sem líderes" de Carne Ross, "a economia dos pobres" de A.Banerjee e E.Duflo, "Portugal:divida publica e defice democrático" de P.Trigo Pereira, "economia portuguesa, as ultimas decadas" de Luciano Amaral, "segurança social: o futuro hipotecado" de F.Ribeiro Mendes, "os ultimos 200 anos da economia portuguesa e os p´roximos 30" de Luis Monteiro.

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