Pode ser uma questão de semântica, e então não há razão para se falar em espiral.
Mas talvez que o problema seja a falta de formação em ciências físicas que impede que a senhora veja o mecanismo de realimentaçao positiva.
Que em inglês se chama "feedback".
Não falemos em espiral, que a senhora secretária acha que não vê, neste momento, apesar de todos os avisos e evidencias.
Vamos a um gráfico de retas, com base na relação entre o corte de rendimentos ou o aumento dos impostos (com a consequente redução da procura interna), e a diminuição do PIB que a senhora diretora do FMI revelou, com base nas observações empíricas dos seus serviços e na sua larga experiencia (1 euro de cortes implica entre 0,9 e 1,7 euros - valor médio 1,3 euros - de diminuição do PIB):
O gráfico está mais ou menos à escala, pelo que se pode ver o efeito de sucessivos cortes , iguais, ao longo do tempo. Podemos admitir que um ciclo de efeitos durará um ano. Evidentemente que é um modelo de aproximação não garantida, uma vez que ao longo do tempo nada garante que as curvas de relação entre os cortes e a diminuição do PIB se manterão. Certo é que, em zonas de PIB pequeno, se poderá considerar zona perigosa, em que a partir de certa altura, por mais investimentos que se façam, dificilmente deles se retirará retorno.
Podemos também ilustrar o fenómeno neste esquema de blocos de realimentação (feedback). O efeito sentido à saida de um sistema é realimentado, influenciando novamente o sistema, e assim, sucessiva e recessivamente.
É o mesmo mecanismo na condução automóvel, em que, se o condutor insiste em virar o volante no sentido em que não deve, o efeito se vai agravando até ao despiste final.
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