quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Economicómio XXXIX – A situação explosiva 2: a estatística dos bancos

Com a devida vénia, retiro do DN a seguinte informação:

Lucro dos 5 maiores bancos portugueses em:
2005 2.100 milhões de euros
2006 2.660 milhões de euros
2007 2.900 milhões de euros
2008 1.724 milhões de euros (em Setembro faliu o Lehman Bros)
2009 1.730 milhões de euros

Percentagem sobre os rendimentos dos 5 bancos principais sobre a qual foram cobrados impostos:
2005 11,7%
2006 19,4%
2007 14,5%
2008 12,8%
2009 9,9% (1º semestre)

Considerando que a minha ignorância em economia é extensa, ser-me-á perdoado que, olhando para este quadro, me ocorra imediatamente a conclusão de que o poder político está ao serviço do poder económico e uma sugestão para o nosso governo minimizar o risco de situação explosiva de que falava o nosso presidente: aumentar os impostos sobre os rendimentos dos bancos.
É verdade que isso trará o inconveniente de aumentar a quota do rendimento do trabalho relativamente ao do capital, o que não é dispiciendo numa economia dominada pelos adam smithistas, que dirão que assim os investidores fogem do país (para onde exactamente irão eles, sabendo-se que nos USA e na Holanda já o fizeram, aumentando nomeadamente os impostos sobre os depósitos nas “off-shores”?).
Mantenho a sugestão.
O FMI ficava mais descansado, que via os impostos aumentar e o defice a diminuir, e arranjava-se dinheiro para nacionalizar o BPN de acordo com o princípio nacionalizem-se os prejuízos para depois privatizarmos os benefícios.

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