quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Economicómio XLI – a situação explosiva 4, a dívida pública em 2040
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Com a devida vénia, transcrevo esta informação do DN.
Para a dívida pública concorrem o Estado, as empresas públicas e as famosas PPP (parcerias publico privado, que já demonstraram em Inglaterra, onde apareceram mais ou menos por causa do tatcherismo, que são mais prejudiciais que benéficas; que o diga o LUL, o metro de Londres, com a sua infeliz experiencia das companhias de manutenção externas).
O BPI elaborou um estudo sobre as contas públicas e a sua evolução até 2040 (será o estudo referido pelo dr João Salgueiro na sua entrevista?), verificando que a dívida pública é neste momento cerca de 100% do PIB.
Constroi 3 hipóteses possíveis para a evolução da dívida pública em função do défice, admitindo um crescimento do PIB entre 0,5 e 2,5% por ano:
1 – Se o défice primário (défice – juros) se reduzir a zero em 2014, então a dívida pública em 2040 será da ordem de 147% do PIB
2 – se o défice primário se mantiver da ordem de 3,7% como actualmente (défice total em 2009: 9,3% do PIB), então a dívida pública em 2040 será da ordem de 300% do PIB
3- se o défice primário se converter em superavit de 2,5% em 2020, a dívida pública em 2040 será da ordem de 115% do PIB.
O estudo do BPI critica fortemente os compromissos com as PPP e regista que em 2010 os encargos com as PPP e os défices das empresas públicas perfizeram 1.600 milhões de euros (1% do PIB).
Ciência interessante esta, não é?
Tenho mesmo de ver como se calcula o PIB.
Para já, começo pela fórmula, que retiro, com a devida vénia, do livrinho “Economia para todos” de David Moss, ed. Academia do Livro:
PIB = consumo dos particulares + investimento produtivo + despesa pública +
exportações – importações
Ainda bem que das 370.000 empresas registadas em Portugal, 10.000 são exportadoras.
Faço votos para que a minha empresa (minha no sentido de ser a comunidade onde ponho ao dispor da entidade gestora as minhas limitadas potencialidades profissionais) contribua para que as exportadoras exportem (seria interessante analisar esta hipótese, bem como a da redução das importações de combustível, o que fundamentaria razoavelmente a existência da empresa).
A continuar…
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