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Domingo de manhã. Ao lado das placas de sinalização dos acessos à ponte Vasco da Gama devia estar o aviso de que a ponte ia ser utilizada por ciclistas da World Bike Tour. Mas não estava.
Estimo que estivessem cerca de 10.000 ciclistas. Os propósitos de difusão da necessidade de poupar emissões de CO2 com os modos de transporte terão sido prejudicados pelo excesso de emissões adicionais do engarrafamento que provocaram. Além de que, para percorrer 15 km de bicicleta, deverão ter consumido umas toneladas de hambúrgueres (ver http://fcsseratostenes.blogspot.com/2009/10/energis-vi-energia-do-hamburguer-e-as.html )
Segundo as minhas contas, cada ciclista emite, por km, 77 gramas de gases com efeito de estufa, incluindo os gases emitidos pelas vaquinhas que deram o hambúrguer necessário à reposição da energia muscular e pela rede de comercialização do shamburgueres. Ficou esta manifestação então por 11,5 toneladas emitidas. Nada mau, apesar do apoio expresso da EDP, do Meo , dos Jogos da Santa Casa e até do Metropolitano de Lisboa.
Sugiro à EDP, ou a qualquer empresa de transportes, que para a próxima pense em adquirir 10.000 bicicletas estacionárias acionando, cada uma, um gerador de 300 W equipado com contador para medida da energia fornecida à rede. Admitindo que cada ciclista produz 200 W durante 3 horas, teremos cerca de 6 MWh produzidos, o que já dá para “puxar” por 48.000 passageiros.km na rede do Metropolitano de Lisboa, incluindo a iluminação dos escritórios e a ventilação das estações. Admitindo um percurso médio de 4 km, teremos então que conseguiríamos assim a energia para transportar 12.000 passageiros (quase 1 passageiro por cada contribuinte ciclista).
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