Para alem de nos solidarizarmos com as vitimas, e tambem por isso mesmo, penso que devemos esperar que o inquérito ao acidente seja claro e completo na sua análise e nas suas conclusões, de modo a que não se repita o caso do acidente na A23 com o autocarro de uma universidade da 3ªidade (o juiz decretou a responsabilidade ao arrepio das conclusões do estudo do gabinete de análise de acidentes do IST).
Mesmo que a causa tenha sido o "excesso de velocidade" (na realidade, o excesso de velocidade poderá ser mais uma circunstancia do que uma causa; mas uma circunstancia fatal quando outras condições falham, como micro-corte da atenção do condutor, sobrecarga de trabalho do condutor, sinalização desadequada, transição entre a auto-estrada e o acesso desadequada, projeto deficiente do veículo, suspensão deficiente, falha/bloqueio da caixa de velocidades, falha ou bloqueio da travagem, etc.).
Existe uma pressão social para andar depressa, especialmente nas auto-estradas.
Essa pressão não diminui à aproximação das saídas (basta fazer a experiencia olhando para o retrovisor).
Por isso, o projeto das auto-estradas deve prever as saídas e os acessos em forma de diamante ou cunha de ângulo pequeno e com via de desaceleração ou aceleração.
Não é o caso na saída para Taveiro/Coimbra (raio da curva de saída: 40 m comprimento da via de desaceleraçao: 200 m; ou 6,7 segundos a 108 km/h; ou 8 segundos a reduzir com uma desaceleração de 1 m/s2 de 108 km/h para 80 km/h à entrada da curva).
Não quer dizer que o projeto esteja incorreto. Quer dizer que deveria haver uma zona de transição devidamente sinalizada que não parece existir.
Espera-se que na atribuição de responsabilidades o juiz não as deposite todas no motorista.
Essa pressão não diminui à aproximação das saídas (basta fazer a experiencia olhando para o retrovisor).
Por isso, o projeto das auto-estradas deve prever as saídas e os acessos em forma de diamante ou cunha de ângulo pequeno e com via de desaceleração ou aceleração.
Não é o caso na saída para Taveiro/Coimbra (raio da curva de saída: 40 m comprimento da via de desaceleraçao: 200 m; ou 6,7 segundos a 108 km/h; ou 8 segundos a reduzir com uma desaceleração de 1 m/s2 de 108 km/h para 80 km/h à entrada da curva).
Não quer dizer que o projeto esteja incorreto. Quer dizer que deveria haver uma zona de transição devidamente sinalizada que não parece existir.
Espera-se que na atribuição de responsabilidades o juiz não as deposite todas no motorista.
Este acidente suscita também o comentário: a assistencia pelo INEM, bombeiros e hospitais foi impecável e nas dificeis circunstancias de se tratar de cidadãos e cidadãs hemofílicos.
Quando os portugueses e os políticos imaturos que temos se interrogam onde é que o estado assistencial gasta o seu dinheiro, temos aqui uma resposta simples: para alem do dinheiro mal gasto que se gasta, também se gasta bem, gasta-se assim.
Vivam os profissionais que se dedicam ao serviço publico e que não merecem ser ofendidos com a responsabilização do setor publico pela crise e com a sobrecarga dos cortes.
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