Este blogue andou à procura de uma frase que começasse por "Ide" para terminar os posts sobre a reação aos pedidos de contribuições para a maternidade Alfredo da Costa e sobre a falencia da filarmónica de Filadélfia.
Tencionava assim dar um cunho mais próximo das características nacionais para contrastar com as ações dos cidadãos estrangeiros.
Porém falhou-me a imaginação.
Não sei se feliz se infelizmente, a imaginação não falta em Portugal, e por isso encontrei na crónica de Jorge Fiel, no DN, o que queria para fechar os referidos posts.
Tiro o chapéu ao autor da anedota, que espero já tenha sido contada aos senhores do FMI, do BCE e da UE que por estes dias contemplam os prédios degradados de Lisboa e perguntam aos economistas portugueses porque não deram entrada nas burocracias de Bruxelas os projetos de reabilitação e remodelação da habitação urbana, porque deixam a cidade morrer aos poucos, quando há fundos europeus específicos para isso, exigentes no entanto quanto à qualidade dos projetos e à sua integração no conjunto da cidade.
Quatro antropólogos, um alemão, um inglês, um francês e um português, em expedição em território de tribos canibais, foram capturados por uma tribo especializada no fabrico de pirogas com a pele dos prisioneiros.
De acordo com os procedimentos canibais, beneficiaram de um período de engorda e de uma ultima oportunidade na cerimónia final.
O chefe da tribo pediria a cada um dos prisioneiros a formulação de um desejo pessoal; caso a tribo não pudesse satisfazê-lo, seria libertado.
O alemão pediu um Mercedes de portas de asa de borboleta do modelo de 2011. O chefe da tribo ordenou ao seu especialista de informática que o mandasse vir pela Internet em serviço expresso da Lufthansa; o Mercedes foi lançado de para-quedas, o alemão deu várias voltas nele e depois foi cozinhado no caldeirão de preparação das peles.
O inglês pediu um cognac vintage de 1848 dentro do bar no banco de trás de um Rolls-Royce de 1945. Através de leilões da Internet a tribo conseguiu o que o inglês queria, serviu-o e depois cozinhou-o.
O francês pediu um espetáculo completo do Crazy Horse. Mesmo procedimento via Internet, espetáculo realizado e francês cozinhado.
O português pediu um garfo.
- Um garfo de ouro? perguntou o chefe, um garfo utilizado pela Marylin Monroe?
- Não, não, um garfo vulgar, desde que seja um garfo.
Assim que lhe deram o garfo, o português espetou-o rapida e criteriosamente por toda a sua epiderme, ao mesmo tempo que gritava para o chefe da tribo:
- Ide fazer pirogas para o carago!
Quer-me parecer que, à boa maneira da Deu la Deu, é o que se pode dizer aos negociadores, com a devida vénia ao DN.
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