A felicidade sentava-se todos os dias no peitoril da janela.
Tinha feições de menino inconsolável.
Um menino impúbere
ainda sem amor para ninguém,
gostando apenas de demorar as mãos
ou de roçar lentamente o cabelo pelas faces humanas.
E,como menino que era.
achava um grande mistério no seu próprio nome
Jorge de Sena.
Talvez moderar as expetativas não fosse mau (já dizia o Lacan que a felicidade é inalcançável, até porque isso seria o cumprimento do desejo e isso a lei não admite, que se admitisse não era a lei) , mas tentar apesar disso, tentar sempre.
Sentarmo-nos no peitoril, depois de tentar produzir alguma coisa de útil.
Às vezes consegue-se um pequeno progresso, neste caso pequeno para a Humanidade, mas grande para os pobres de nós, tão convencidos...
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