Seguindo a recomendação de Stephane Hessel, indigno-me com:
1 - a dificuldade de entendimento na regulamentação do Conselho de finanças publicas. É mais um exemplo de como custa em Portugal trabalhar em equipa, convergir em vez de pretender impor soluções polarizadas em torno de personalidades ou de interesses de grupo em detrimento de razões técnicas (ou técnico-económicas). A ideia é boa, juntar técnicos que analisam as finanças publicas, mas a regulamentação fica para a próxima legislatura. Mas será que não volta a aplicar-se a maneira portuguesa de transformar uma boa ideia numa má execução? Não concordo com a crítica do deputado Honório Novo, do PCP, de que iria substituir deputados por sábios nestas questões; as questões são melhor aprofundadas quando vistas de angulos diferentes (serão mesmo sábios ou economistas representantes de grupos partidários, bancários ou empresariais?).
Que bom seria que funcionasse como um observatório (sem património nem ordenados especiais para gestores, conforme parece que ficou combinado), divulgando as razões , as circunstancias, as causas e efeitos, e que o fizesse em contacto com os cidadãos... (provável sintoma de delírio, peço desculpa)
2 - a desagregação do Conselho de avaliação das PPP. Sabendo-se como a triste ideia das parcerias público-privadas é responsável por prejuízos de entidades públicas (triste não será pela ideia, mas pela incapacidade do mercado em Portugal oferecer confiança às entidades públicas), dir-se-ia que era importante as forças partidárias, sem exceção, entenderem-se nas análises. Enfim, saiu um relatório, não subscrito por todos. Melhor que nada.
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