extrato de um desenho de André Carrilho no DN |
Mais um exemplo de como se está deslocando a linha de separação entre os rendimentos do trabalho e os rendimentos do capital, no sentido favorável a estes últimos.
E de como é enorme a ignorancia.
O carvão é um bem precioso por ser uma fonte de energia primária.
Que reduz a dependencia do petróleo e as importações.
Já está disponivel tecnologia que reduz as emissões de CO2 pela sua utilização.
Assunto já falado em
http://fcsseratostenes.blogspot.pt/2012/07/10-tecnologias-para-salvar-o-planeta.html
O carvão, atualmente, pode ser utilizado em centrais de ciclo combinado e gaseificação integrada (IGCC), com captura do dióxido de carbono do tipo "pré-combustão" - aquecimento prévio do carvão em atmosfera pobre em oxigénio e produção de gás para a primeira turbina; mistura com vapor dos gases libertados numa segunda turbina , de vapor
Outro método: captura do dióxido de carbono do tipo "oxi-combustão" - aquecimento prévio do carvão em atmosfera rica em oxigénio
Outra possibilidade: produção de hidrogénio para substituição da gasolina e gasóleo em veículos elétricos com pilha de combustível: o carvão é exposto ao vapor sob pressões e temperaturas elevadas com regulação do ar (processo de reforma); forma-se monóxido de carbono e hidrogénio.
Por outras palavras, poupar uns milhões de euros nos subsídios à extração do carvão (a propósito, já terão acabado os subsidios à produção de carvão na Alemanha?) significa dispender mais na importação de petróleo e agravar as emissões de CO2.
Mas isso, sabe-se há muito, é uma caracteristica da ignorancia (e obviamente, da correlação de forças dos grupos de poder económico).
PS - "A ignorancia que nos une" é uma frase de Pedro Paixão, no seu livro "Rosa vermelha em quarto escuro"
Sem comentários:
Enviar um comentário