segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A velutina nigrothorax, realidade e metáfora


Assunto já aqui tratado, a propósito da extinção do programa da RTP2 Câmara Clara, em http://fcsseratostenes.blogspot.pt/2012/12/o-servico-publico-na-televisao-o-camara.html
Surge agora a informação que a velutina nigrothorax, a vespa asiática que é predadora das abelhas e destruidora de colmeias, já está a colonizar o norte de Portugal, depois de se ter introduzido em França através do porto de Bordéus.
Os ninhos da vespa, em forma de novelo com entradas laterais, podem atingir quase um metro de diâmetro e  estão normalmente a grande altura, em árvores

A expansão em Portugal fez-se a partir do porto de Viana do Castelo.

A metáfora é que esta espécie de vespas serão os grandes grupos financeiros e empresariais globalizados, devorando os pequenos produtores e comerciantes.
O drama é que as abelhas europeias não têm a técnica de defesa das abelhas japonesas que descrevi no “post” acima: grupos de sentinela “convidam” a vespa batedor a entrar na colmeia e aí o bando de abelhas, unidas como um sindicato ou uma cooperativa de produção, queima a vespa, mediante a agitação das asas e dos abdomens, beneficiando da sua menor resistência à temperatura.
Mas é essencial  a antecipação pelos grupos de vigilância, isto é, se se deixa o grupo da escola de Chicago chegar ao poder, é muito dificil os pequenos sobreviverem com dignidade (ou o dinheiro das pensões faz falta para tapar o buraco dos credit swap default).
E importante a intervenção dos bombeiros e organismos agrícolas  (regulador do mercado, operador público…)

A gravidade da ameaça motivou uma pergunta do eurodeputado Nuno Melo e a resposta do comissário europeu remetendo para os programas de apoio apícola de cada Estado a submeter depois à Comissão Europeia (é o costume, só é possível obter apoio da Comissão Europeia depois de elaborar projetos concretos e, neste caso, o defeito não está na CE; é a mesma questão dos fundos QREN e da falta de projetos de infraestruturas, incluindo a tão badalada linha Sines-Madrid-França)

Será que o ministério da agricultura tem técnicos a estudar soluções? Devia informar. Divulgar a fotografia dos ninhos e convidar ao aviso sempre que seja avistado.
A principal solução seria a prevenção. Os bombeiros do Alto Minho já tem um método para o combate, pelo fogo, mas será preciso uma ação oficial a nível mais vasto.
deixá-lo a ver se desiste, ou se poupa algumas regiões, enquanto os pobres pinheiros atlânticos vão definhando?
Ou como as palmeiras, a soçobrar sob os escaravelhos bicudos?http://fcsseratostenes.blogspot.pt/2011/12/ryncophorus-ferrugineus-o-escaravelho.html

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