Morreu um dos assassinos de Aldo Moro, é uma das notícias do dia.
Tinha sido libertado, por motivos de saúde, em 1997, depois de condenado em 1983 a prisão perpétua.
O atentado mortal foi cometido em 1978, quando Aldo Moro, antigo primeiro ministro da democracia cristã, defendia um acordo com o partido comunista italiano, o PCI, maioritário nas sondagens.
O assassino fazia parte das brigadas vermelhas, que de vermelho só tinha o nome e o sangue das vitimas.
Mas o assassino matou mais do que Aldo Moro.
Deu uma ajuda à opinião pública e ao presidente norte-americano para que o partido comunista não ganhasse as eleições.
As brigadas vermelhas e o presidente norte-americano não combatiam o bloco soviético, isso combatia o próprio PCI, com todas as suas forças, na esperança de encontrar uma solução que não desse nisto que deu, no triunfo do ultraliberalismo de Thatcher, Reagan e a escola de Chicago.
Foi um assassínio eficaz para manter o sistema financeiro internacional.
Como eficaz terá sido o assassínio das três militantes curdas em Paris, numa altura em que é imprescindível um acordo entre o governo turco e os nacionalistas curdos.
Tudo o que seja evitar acordos, impedir as negociações entre as partes opostas, é bom para manter o sistema financeiro internacional.
Como dizia lord Gloucester por outras palavras (“business is business”), as guerras são muito boas para o negócio.
Ou como diria qualquer financeiro da escola do Goldman Sachs, depois do papel que eles desempenharam, “business as usual”.
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