O DN publicou hoje uma entrevista com Paes do Amaral, apreciado empresário da comunicação social, portanto insuspeito de partilhar com este blogue utopias demasiado democráticas, passe a gradação do conceito.
Diz o senhor que se surpreendeu com o “adviser” do governo no processo de privatização ou concessão da RTP, que “pessoas que não sabem nada do assunto falem sem tentarem falar com o setor e informarem-se melhor.” E que ninguém iria pagar um preço razoável para depois ter de continuar a investir (50 a 100 milhões de euros).
Não admira portanto que o governo, apesar da sua obsessão ideológica (ou talvez et pour cause para não prejudicar os grupos privados que já estão no negócio), tenha desistido da privatização/concessão.
Isto faz-me lembrar o senhor secretário de Estado dos transportes Sérgio Monteiro, sempre muito animado com o seu programa de privatizações/concessões, embora remetendo para os seus consultores o conhecimento, e a incumbência de fazer os cadernos de encargos, e ignorando o setor e as pessoas que têm experiencia do negócio.
Podia aproveitar-se este exemplo para informar a opinião pública de que afinal os processos são parecidos, RTP e Metro.
Podia aproveitar-se os períodos de greve para transformar a greve em greve de zelo e em breves paragens nas estações recordar os procedimentos de segurança (não estacionar entre a faixa amarela e o bordo do cais, não forçar as portas…) e as petições de principio que estão na base das propostas de privatizações/concessões (a enorme dívida das empresas deve-se aos investimentos que deveriam ter integrado a conta do Estado e não a conta das empresas).
Até pode acontecer que os grupos internacionais concluam que neste momento, com a economia em recessão e a procura de passageiros a diminuir, não interessará meterem-se em trabalhos destes.
Ou então, podia ser que o senhor secretário de Estado analisasse melhor os cálculos e os argumentos deste humilde escriba em
e
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