Já referi a revista Noticias TV, do DN, como um exemplo interessante de um trabalho feito por bons profissionais em que a maior parte dos temas tratados são de entretenimento acéfalo e estouvado, que em nada contribui, o entretenimento, não os profissionais, para uma melhoria, mesmo que ligeira, do nível cultural das pessoas.
Não quero que isto seja entendido como um desbafo elitista, e por isso cito mais uma vez aquela senhora figurante num dos “reality shows” que, ao ser entrevistada, esclareceu magistralmente a repórter:”sei que isto não é cultural, mas que quer, menina, é disto que gostamos”.
Tudo isto para referir a entrevista de Júlio Isidro à revista, de que cito dois pontos:
- antigamente havia ópera no Coliseu; no Coliseu 5000 pessoas assistiam à mesma ópera a que no S.Carlos assistiam 800; logo, o povo também quer ópera (e eu concordo)
- nunca me queixei dos meus vencimentos; mal pago é quem recebe o ordenado mínimo nacional.
E aí está como, possivelmente com a experiencia de quem faz programas desde o tempo do liceu Camões, em muito poucas palavras se diz mais e se derrota a mensagem do atual governo e dos senhorinhos do FMI.
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