Com muita pena pelo que muitos sofreram com o temporal, que veio juntar-se às condições tão adversas que se vivem, destaco o esforço de muitos para a recuperação. Segundo as informações da imprensa, cerca de 35.000 bombeiros.
Os bombeiros e todos os que trabalharam e trabalham na recuperação, sem discutirem se era sábado de tarde, ganhando pouco e com as perspetivas de mais reduções de salários e aumento de impostos.
Sempre com a acusação de baixa produtividade e de pouca competitividade com que os senhores governantes acham por bem ofender constantemente.
No meu bairro houve poucos estragos, só duas árvores caídas e uma vedação destruída.
Mas ao fim do dia já eram visíveis os resultados das intervenções corretivas.
O povo português sabe responder quando é mobilizado.
Gostaria que para alem das eventuais ajudas a pedir à Comissão Europeia se elaborassem projetos de estufas resistentes ao temporal (de construção em Portugal e com preços controlados, coisa que é obviamente viável de beneficiar de fundos do QREN, desde que os projetos estejam feitos), projetos de reabilitação urbana para resistência das habitações, e que empresas como a EDP não precisassem tanto de recorrer ao “outsourcing” para responder a situações de emergência como esta (como se sabe, o “outsourcing" permite reduzir os custos internos, numa perspetiva de curto prazo e de normalidade).
Salvo melhor opinião, quando se está na situação deste país, não se devia discutir a reforma disto ou daquilo, idealizar uma nova lei agora sim, perfeita; devia-se mobilizar e recuperar, dos efeitos deste temporal e do outro, da redução da capacidade de intervenção das entidades públicas e das empresas.
Em tempo de guerra não se limpam armas.
Mas se preferem a discussão bizantina ou se bloqueiam os canais de atuação…
Pena, o povo português mobilizar-se-ia.
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