Este blogue saúda os 16 deputados do PSD que não votaram como a maioria do seu partido.
Não por a unanimidade ser uma coisa por essencia condenável, ou a dissidencia por essencia virtuosa.
O que se saúda é o pensar pela própria cabeça, mesmo que ninguém possa dizer que detém a suprema verdade.
E que o sentido do voto era no sentido da defesa de direitos de minorias.
Os 16 deputados evitaram assim o grande erro dos decisores: o quererem polarizar em torno de uma opinião, que desejam única, a expressão dos membros do seu grupo.
Pensa este blogue que no PSD existem muitos cidadãos e cidadãs honestos e bem formados tecnicamente que discordam radicalmente das politicas oficiais do seu partido e da coligação e sabem bem que os fundamentos teóricos e práticos das medidas da troika são muito fracos.
Atitudes destas podem ser o início de uma mudança de rumo, independentemente do oportunismo das eleições autárquicas.
O progresso exige diversidade, alguma coisa tenhamos aprendido com as experiencias leninistas e estalinistas, por isso se lamenta a submissão dos deputados do CDS às diretivas morais impostas pela sua religião.
Era importante, numa altura em que a Turquia é candidata à UE, que critérios religiosos não condicionassem o voto de deputados. Era importante. Mas como na UE ainda vigoram os partidos de filiação religiosa e ainda há países em que os cidadãos não são iguais perante a lei no exercício de cargos públicos (regime monárquico e cativação de lugares no Parlamento para a classe nobre), seria bom que os ocidentais não se sentissem tão superiores assim a outros povos.
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