Este blogue aplaude a câmara de Nápoles, que lançou recentemente a sua moeda "napo", complementar ao euro, por funcionar como um talão de desconto (permite liquidar 10% de uma compra).
Não é exatamente como o bitcoin ou as cédulas da experiencia de Worgl, mas é seguramente uma moeda de circulação local para estímulo da economia local, representando a resposta das comunidades locais à perda de empregos e ao arrefecimento da economia, enquanto presumivelmente os senhores engravatados nos gabinetes dos ministérios das finanças estalam de raiva contra este tipo de iniciativas.
Ver experiencias anteriores em:
http://fcsseratostenes.blogspot.pt/search?q=bitcoin
Penso que uma condição sine qua non para que este tipo de iniciativas resista ao despeito dos senhores governantes seja a realização de um depósito em euros equivalente ao volume de napos que se põe em circulação.
Sendo assim, faz lembrar a anedota do turista que deixou uma nota de 50 euros como reserva num hotel e depois essa nota foi permitindo o fecho dos negócios pendentes do gerente do hotel com o canalizador, deste com a sua fornecedora de serviços especiais, e desta com o gerente do hotel, até que o turista regresou e levantou a nota porque decidira não ficar na cidade.
É bonito ver a resposta de uma sociedade civil às ameaças do sistema económico europeu.
Desejar-se-ia novas iniciativas, sempre com prazo de validade para estimular a circulação do dinheiro e sempre com uma reserva em euros igual aos montantes em circulação.
Que tal, se o senhor João Jardim se entendesse com todas as forças políticas da sua região e "emitisse" "zarcos"? Ou "açores" nos Açores ou "miranduns" em Bragança?
E "hermínios", aceitam, nesta pastelaria de Viseu?
Ver:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=3213743&page=-1
PS em 15 de maio - A informação de hoje é a de que existem 6 mil milhões de euros de faturas por pagar, correspondentes a empresas que fecharam. Sem prejuízo de uma solução ser a de que o próprio governo atual fala, de acelerar o pagamento das suas compras, seria interessante que este tipo de moeda fosse experimentado para atenuar este desastre. Evidentemente em domínios geográficos bem limitados e com o depósito cativo prévio de euros no montante da moeda "emitida". Mas os publicanos detentores da sabedoria financeira, para além de não gostarem da inovação, têm os seus dogmas refratários...
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