Com a devida vénia ao DN, que noticiou o falecimento de Mohammed Arkoun, intelectual argelino.
Era um adversário do conceito do conflito de culturas. Ou melhor, do preconceito a que se adere quando nos ficamos pelo conhecimento primário, sem querer investigar as causas e as circunstancias.
Frases de Arkoun com que o DN marcou a notícia:
- “os intelectuais podem, dando destaque à história comum, à interação de culturas e tradições, contribuir para uma Pax Universalis, uma cultura de universalidade, em vez de conflitos artificiais de culturas”;
- “o pensamento islâmico tem de se emancipar das suas molduras dogmáticas, teológicas e legalistas”.
Para mim este é um tema muito caro, não por no meu ADN, tal como no ADN de quase todos os portugueses, haver mais de 10% de contribuição de populações do norte de África islamizadas, mas por ter tido a felicidade de ter aprendido isso em reuniões com colegas de Teerão e Istambul.
Nos países de cultura islâmica também há caminhos de ferro e metropolitanos, com os mesmos problemas de exploração, de manutenção, de segurança.
Recordo as palavras de um colega francês: “Nós técnicos, promovemos muito melhor do que os políticos a aproximação entre os povos”.
Sem comentários:
Enviar um comentário