Do noticiário da RTP2 da noite do dia 22 de Setembro de 2010 cito de cor:
1 - Ministra do trabalho e da solidariedade social da república portuguesa: o nível do desemprego não vai baixar tão cedo
2 - Cidadão romeno, cigano, na sua terra na Roménia, depois de expulso de França: se aderimos à união europeia queremos que os nossos filhos tenham uma vida decente
O comentário seguinte é de um espetador do noticiário:
- 1 e 2 mostram claramente que a união europeia, apesar das suas manifestações de pureza de princípios, não tem como prioridade o cumprimento da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Se é impossível ,ou insustentável como agora se diz, atribuir essa prioridade, pareceria importante explicar porquê. Igualmente seria interessante demonstrar a aplicabilidade ou não da lei de Philips (o custo de vida baixa com o crescimento do desemprego; para controlar o custo de vida, favorecer o aumento do desemprego) à situação atual, e quais as responsabilidades na política da globalização na atual situação de desemprego crescente. Para os cidadãos, de posse de mais informação, fazerem as suas opções de voto, desejavelmente extensível, o voto, à escolha dos governadores do banco central europeu.
Por outras palavras: a preocupação dos políticos e dos economistas devia ser arranjar empregos concretos para os cidadãos e cidadãs como o cidadão romeno do noticiário, em vez de estar à espera que as empresas privadas criem empregos. Como dizia o major Melo Antunes, há espaço para o setor público e para o setor privado, mas se um não cria emprego, tem de ser o outro a criar. Mesmo que o custo de vida suba um bocadinho (não é o que querem os senhores economistas, reduzir salários?). Dinheiro para investir vai havendo, pelo menos nos "off-shores" há.
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