quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Juiz desembargador Orlando dos Santos Nascimento

Não conheço o senhor juiz Orlando dos Santos Nascimento, mas sei do DN que era chefe da Inspeção Geral da Administração Local (IGAL) e que escreveu uma carta ao senhor ministro Miguel Relvas protestando pela próxima extinção ou fusão da IGAL com a Inspeção geral de finanças, afirmando que a extinção da IGAL apenas significa que a corrupção ganhou.
E que a IGAL em três anos lutou para que "o dinheiro público não circulasse apenas no mesmo círculo de interesses e entidades ... que comem tudo e não deixam nada".
Sou muito sensível a citações de José Afonso.
Aplaudo portanto o senhor juiz Orlando, imediatamente demitido pelo senhor ministro por falta de "lealdade institucional", seguindo-se o desligar informático do site da IGAL.
Cortes cegos é no que podem dar, cortar onde não se deve, até porque a gestão do exonerado tinha cortado  despesas ao longo de três anos.

Fiz uma pequena pesquisa na Net e aproveito para citar declarações do senhor juiz Orlando em fevereiro de 2010:


“Tudo o que é ilícito administrativo, criminal, urbanístico, tem a ver com um conjunto de funcionários que estão na parte pública e que estão na parte privada, que utilizam o vencimento da parte pública, como uma pensão, mas também recebem da privada. Nesta terra de ninguém é que as coisas maioritariamente acontecem”.
“Este é um fenómeno tipicamente português e tipicamente da administração pública ... deveria fazer-se a equiparação ao que se passa no sector privado, onde não há esta veleidade de ter vários empregos, porque ninguém tem o dom da ubiquidade”.

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