segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Leitura de fim de semana II - Ferrugem americana, de Philipp Meyer

Também não li este livro, um romance passado nos USA da crise atual.
Apenas li a referencia no DN e a oportunidade do tema.
(Ver
http://portalivros.wordpress.com/2011/09/09/bertrando-editou-a-estreia-de-philipp-meyer-%C2%ABferrugem-americana%C2%BB/  )

Pequena transcrição:
"... vales cheios de fábricas arruinadas, cidades inteiras semi-desertas devido ao desemprego, prisões a abarrotar de negros. É no interior que está a verdadeira tragédia. A destruição da América começa no seu interior".
Assim se compreende que dificilmente os 330 mil milhões de euros do programa de Obama poderão resolver o problema. Para mais com a oposição do Tea Party, do partido de Wall Street e da Goldman Sachs (agora conhecida por Government Sachs), defendo intransigentemente a máxima redução dos investimentos públicos.

Ver tambem   http://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=camden  sobre a decadencia da cidade de Camden, a dois passos de Filadelfia e de New York.
Ironicamente, porque através de mecanismos eleitorais, são os mentores ou os adeptos das teorias económicas que conduziram a esta situação que agora decretam as medidas de austeridade para sair da crise.

Nesta perspetiva, a teoria de que a posse dos meios de produção, e a forma de utilização dos meios tecnológicos para essa produção e sua distribuição determinam a evolução da sociedade, parece constituir um bom meio de análise e de obtenção de pistas para melhorar a vida das pessoas.
(Por exemplo, surpreendentemente, nos USA, a classe dos proprietários, ou melhor, dos acionistas dos grandes grupos de produção agrícola, tem tanta influencia politica como os lobis industriais e militares, contrariando a ideia de que o setor agrícola num país desenvolvido tem menor peso do que os setores industrial ou terciário; outra evidencia são as offshores que neste momento condicionam a economia global apesar das tímidas medidas dos USA)
Salvo melhor opinião, claro.

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