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Não sei se terá sido do filme de sábado à noite na RTP1 com Jane Fonda, a ficcionar o “crash” de todas as bolsas porque os investidores árabes queriam levantar o dinheiro todo.
Estavam ao mesmo tempo em sessão solene os senhores ministros da União Europeia a decidir medidas de defesa do euro contra os ataques (com o senhor Trichet a dizer que a situação nunca esteve tão má, desde o tempo da I Grande Guerra).
Coincidências.
E se, por hipótese, apenas por hipótese, claro, existir uma relação de causa e efeito, ou apenas uma correlação , entre isto, e o pedido dos USA à UE para reforçar o apoio à guerra do Iraque e do Afeganistão?
Os estrategas dos USA normalmente estudam pouco a história, e parecem ignorar a conjetura económica dos imperadores romanos (só vale a pena manter as fronteiras do império se o trigo e os minerais que se retiram de lá valerem mais do que a remuneração dos exércitos necessários para manter as fronteiras).
Isto apesar dos benefícios que retiram da ocupação do Iraque e do Afeganistão (pelos vistos acumulados por entidades privadas, de que os melhores exemplos são as empresas de catering e de comercialização do petróleo extraído, cujos principais acionistas são as esposas de antigos governantes dos USA; não sendo pública esta apropriação, complicam-se as finanças públicas dos USA se não houver apoio da UE).
Já os imperadores romanos sabiam que a guerra para manter as longínquas fronteiras gera pressões altamente inflacionárias (a rede de estradas do império, permitindo maiores velocidades de comunicação era uma infraestrutura que não resolvia essas pressões infacionárias, mas racionalizava as trocas comerciais e baixava assim as ditas pressões; dir-se-ia que o investimento nas vias de comunicação servia para combater a inflação).
Ora, sabendo-se que o presidente dos USA pediu à UE que os ajudasse no esforço de guerra (vale dizer que estendesse à Europa o efeito inflacionário das guerras do Iraque e do Afeganistão), que a resposta não foi nada entusiasmante (por acaso as eleições no UK até deram em tombo no principal aliado dos USA), e que o euro se encontra sob ataque, será que:
HIPÓTESE: o ataque ao euro não será um castigo americano pela falta de colaboração no esforço de guerra dos USA?
A ser verdade, esta hipótese, faria lembrar aquelas “boutades” do tempo do ultimato e da I Grande Guerra em Portugal, e de Churchill ao apresentar o Parlamento ao seu jovem colega:
- o aliado inglês tem sido o maior inimigo de Portugal;
- os nossos adversários são os que se sentam do outro lado do muro, porque deles vem a vantagem do contraditório; os nossos inimigos são os que se sentam na mesma bancada que nós e nos apunhalam pelas costas.
Enfim, estejamos vigilantes aos 360º.
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