terça-feira, 18 de maio de 2010

O candidato a rei

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O DN entrevistou o candidato a rei.
Apesar de eu ser republicano, e apesar de uma assunção de uma candidatura a rei para si próprio e para o filho mais velho configurar uma violação do princípio universal da igualdade de direitos perante a lei, tenho alguma consideração pelo senhor candidato a rei e pelas suas preocupações com o bem estar dos que desejaria que fossem seus subditos.
Gostaria até que nesta família ou nas famílias dos seus parentes que exercem a função de reis por essa Europa fora, apareça algum filho varão que decida ser republicano e marque eleições.
Enquanto isso não sucedia, li a entrevista do senhor e notei a sua resposta à pergunta do entrevistador sobre a educação sexual nas escolas:
"Tornar obrigatório o ensino da educação sexual resume-se a dizer: forniquem à vontade, divirtam-se, façam o que quiserem mas com higiene".
Apesar do aspeto tosco, a frase tem algum sentido, até porque refere explicitamente "com higiene".
Foi a minha mulher, professora reformada, que me explicou. Durante anos, o anterior ministério da educação "decretou" que os professores (aqueles inimigos da eficiência) deviam dar aulas de educação sexual.
E a minha mulher sempre a dizer "Eu sou professora de matemática, se quiserem que dê aulas de educação sexual devem mandar-me a um curso de formação e publicar o programa oficial das aulas de educação sexual".
E realmente é, já dizia Aristóteles que "se não me perguntares sei, mas se me perguntares não". Vejam o que aconteceu com a professora de Espinho, processada pelas mães indignadas.

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