domingo, 16 de maio de 2010

Acidente com a embarcação tradicional em Alcácer

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1 – Em termos estatísticos 1 morte num acidente pode não ser relevante, mas a recorrência de mortes no mar e em rios impõe a observancia estrita das regras de segurança marítima
2 – não se duvida da correção dos cálculos da arqueação, mas naquela embarcação tradicional 50 pessoas é exagerado
3 – admite-se que houvesse 50 coletes a bordo; duvida-se que estivessem vestidos; o seu uso é obrigatório (veja-se a imagem de uma das buscas do turista afogado: as duas senhoras envergam o colete, o timoneiro não)
4 – admite-se a avaria mecânica eventual responsável pelo acidente, a qual é sempre possível, mas:
4.1 - havia dois ferros a bordo, um à proa e outro à popa, prontos a serem lançados e sem obstrução para isso?
4.2 – o mastro tinha dispositivo para “dobrar” no caso de bater no tabuleiro da ponte, como aconteceu? é possível tomar medidas para evitar a repetição do acidente:
4.2.1 – correntes entre as margens para “barrar” as embarcações arrastadas pela corrente?
4.2.2 – cortar a ponta do mastro ou instalar dispositivo de rebatimento?

Espero que não se tranquilizem as consciências com inquéritos “de imediato” e com a busca de culpados, mas que através de uma campanha mediática se estabeleça uma cultura de segurança, de modo a que todas as pessoas embarcadas utilizem o colete de segurança (ou, no caso de pescadores: se o preferirem, fatos flutuantes; sem botas de cano alto; com rádio VHF; com baliza de emergência) .
Estes procedimentos de segurança deverão ser cumpridos na navegação de recreio, por mais segura que pareça a embarcação (ninguém está livre de chocar com um objeto flutuante, por exemplo) e em todos os passeios turísticos como os organizados no estuário do Tejo e na ria de Aveiro.





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