domingo, 10 de outubro de 2010

Desanimo - import/export

Desânimo nas estatísticas do INE de importações e exportações do País, de Junho a  Agosto de 2010, porque não houve melhorias, pelo contrário, quando comparadas com o mesmo período do ano passado.
Exportações: passaram de 7,91 mil milhões de euros em 2009 para 9,03 mil milhões em 2010
Importações: passaram de 12,85 mil milhões em 2009 para 14,14 mil milhões em 2010.
O que significa que o defice aumentou; pouco mas aumentou.
Com a agravante da importação de combustíveis ter crescido 24,8% em valor, neste periodo de 2010, relativamente ao mesmo periodo em 2009.
Por outras palavras, apesar do esforço de quem trabalha, a situação não melhorou.
Como os economistas já explicaram publicamente, o problema é os bens transacionáveis que exportamos serem pouco valorizados.
Mas talvez possamos encarar a questão desta maneira:
1 - os consumos têm de ser contidos, nomeadamente no setor de transportes (é conhecida a proposta de transferir passageiros do TI para o TC, para conseguir transportar os mesmos passageiros com menos combustível)
2 - sendo  2/3 das exportações e importações portuguesas relativas à UE, não é boa política manter uma quota tão baixa com o resto do mundo; porem, para aumentar essa quota, o atual cambio do euro deveria baixar, porque como está não favorece as exportações (apesar de favorecer a importação de petróleo); donde se concluirá que a atual política do BCE, de manter alto o cambio do euro, baixas as taxas de juro e elevado o desemprego (i.é, inflação baixa), não serve o nosso país. Não esquecer que os lugares decisórios do BCE não são sujeitos a concurso público nem a a sufrágio eleitoral. Acresce que paises que poderiam ajudar a economia portuguesa são tambem prejudicados pela taxa de cambio existente. Por exemplo, Angola recebe em dolares USA pela venda do seu petróleo, mas paga em euros às empresas portuguesas que trabalham em Angola. A cotação alta do euro impede assim um  maior envolvimento de empresas portuguesas em Angola.

É, não estou a gostar da política do BCE.

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