segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A maternidade Alfredo da Costa

Não nasci na maternidade Alfredo da Costa.
Desagrada-me a ideia de a quererem demolir.
Uma das coisas que me impressionou quando tive de passar uns dias em New York  foi a existência de hospitais, alguns deles com nomes célebres, conhecidos dos jornais e das séries de televisão, uns públicos e outros privados, inseridos na cidade, em quarteirões de arranha céus ou em áreas nem sempre monumentais.
De outras áreas do conhecimento sei eu por experiencia própria que a concentração de valencias em edificios monumentais pode ser uma solução em certas circunstancias, mas noutras não.
E pelos vistos, em New York não é a monumentalidade e a concentração dos hospitais que prevalece.

Por isso me desagrada a ideia de quererem demolir a maternidade Alfredo da Costa,  de quererem fazer o mesmo ao hospital pediátrico da Estefania, de embirrarem com o IPO, nesta filosofia de empreiteiro imprudente de deitar abaixo um estádio e construir outro ao lado.
Sei que algumas mães tiveram más experiencias nesta maternidade.
Sei que os meios também não vão abundando e que a maternidade tem de ter uma função formadora de novos médicos, mas recordo que uma pessoa de família teve um problema na gravidez. Precisou de um parecer, para aquele dilema terrível de poder ter de optar por um aborto porque havia sintomas de que o feto tinha deformações. O médico da Alfredo da Costa afirmou claramente as razões que justificavam que a gravidez retomara o curso em normalidade. A pessoa em causa quis consultar quem, à boa maneira lusitana, era recomendado como uma das maiores sumidades, um médico em Londres. Que repetiu as mesmas razões do colega da Alfredo da Costa. E tinham razão, os dois.
Por isso embirro quando os economicistas querem fechar a maternidade, e deixo aqui umas fotografias como homenagem.


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