Notícia retirada de uma publicação ecológica em:
http://www.zegreenweb.com/sinformer/la-ligne-1-du-metro-parisien-sera-entierement-automatisee-fin-2012,43814#comments
E tambem do blogue:
http://www.blogencommun.fr/2011-11-1ere-rame-automatique-sur-la-ligne-1/
Desde o dia 3 de novembro de 2011 que circulam na linha 1 do metro de Paris, a mais antiga, os primeiros comboios totalmente automatizados.
Os cais das estações estão protegidos com portas de correr para acesso aos comboios, que circulam sem maquinista.
O objetivo não é suprimir esta categoria profissional, porque tem sempre de haver um grupo de profissionais para conduzir os comboios em caso de degradação do sistema ou simplesmente para manter a forma na condução manual, para além de existirem equipas itinerantes para apoio aos passageiros.
O objetivo é garantir a segurança da circulação com intervalos menores entre comboios para conseguir aumentar a capacidade de transporte, acabando-se com aquela situação pouco simpática de atribuir eventuais acidentes a causas humanas. O sistema está projetado para, em caso de avaria, se colocar num estado de segurança.
É verdade que é um investimento caro, mas mais caro é desperdiçar dinheiro com o transporte de automóvel, como já foi tratado neste blogue (ver em:
http://fcsseratostenes.blogspot.com/2011/10/sugestoes-13-para-o-plano-estrategico.html )
Será talvez mais um exemplo de que só quem tem dinheiro pode poupar e acompanhar a evolução tecnológica. Quem não tem, tem de desperdiçar, porque está numa zona da curva de rendimentos em que estes são menores.
E como sofro de alguma imodéstia, as adjudicações já foram todas feitas e já passou o tempo de sigilo pedido, recordo com esta notícia a visita que dois dos técnicos que estavam a preparar o concurso para a automatização das linhas da RATP fizeram ao metro de Lisboa.
Vieram perguntar, entre técnicos e sob reserva (, o que pensávamos da prestação do fornecedor do sistema de condução automática (com condutor a bordo para abrir e fechar as portas) que então funcionava na linha vermelha.
Na verdade, há poucas situações em que eu aceito a reserva, e esta foi uma delas, por razões óbvias; decorrendo um processo concursal, o nosso fornecedor não podia ser informado deste contacto.
O colega que geria o projeto ATP/ATO no metro de Lisboa e este humilde escriba, depois de uma viagem na cabina de condução em modo automático, levaram-nos a almoçar ao centro comercial Vasco da Gama, num restaurante com vistas para o Tejo mas baratinho, que a despesa foi paga por nós os dois.
Parece que as referências e os esclarecimentos prestados foram satisfatórios, porque daí a uns meses chegou a notícia de que o nosso fornecedor fazia parte do consórcio vencedor.
Infelizmente o senhor presidente da administração do metro de Lisboa não partilhou da opinião dos técnicos da RATP e, provavelmente mal aconselhado por um colega que nas reuniões que se fizeram para discutir o assunto costumava declarar que não percebia nada de ATP/ATO, aproveitou a extensão da linha vermelha até S.Sebastião para desativar o sistema de condução automática.
Foi pena, embora sintomático da forma como as coisas se fazem no retangulo das emoções e do individualismo.
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