quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Economicómio LXXV - produção agricola

Duas pequenas noticias no Oje de 10 de novembro de 2011:
-  3º trimestre de 2011
                           -  exportações portuguesas ....................  10.438 milhões de euros (+13,1% )
                           -   importações ......................................  14.194 milhões de euros ( +3,6%)
                           -  défice ...................................................  3.756 milhões de euros (-16,1%)
está-se a melhorar relativamente ao ano passado (entre parenteses variação relativamente a igual período do ano passado) , mas impressiona como continuamos a aumentar a divida, uma vez que julgo que as divisas enviadas pelos emigrantes e deixadas pelos turistas não são suficientes para compensar este défice.
Parece que se devia aumentar a produção nacional, especialmente a agrícola e alimentar, não seria?
Ou pensar a sério em medidas protecionistas, não digo como as de Colbert, mas negociá-las com a UE.
E também seria interessante saber exatamente, quanto mais não seja para lhes agradecer e para tentar melhorar-lhes as condições produtivas,  que setores e que pessoas é que estão a conseguir estes valores nas exportações.

-  quota de Portugal na produção agrícola na UE:
                           -  cereais ............................................. 0,4%
                           -  leite .................................................  2,6%

ainda me recordo quando obrigaram os Açores a pagar uma multa por excesso de produção de leite...
Parece que se deve mesmo aumentar a produção agrícola e alimentar nacional, sendo certo que muita da produção está na economia de subsistencia e não entra nas estatisticas, e que parece que continua a crescer a área de aptidão agricola abandonada.
Como perguntava Henry Fonda no filme As vinhas da ira, sobre o livro de John Steinbeck, que não era nada socialista, "Porque não tem o Estado mais quintas como esta?"
Provavelmente, como responderia Medina Carreira, porque as divisas que se obtivessem seriam imediatamente drenadas para os off-shores ou para mais importações.
Talvez não.
Experimentemos primeiro.

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