No dia de mais um anúncio de restrições na educação, desta vez nas disciplinas de educação visual e de informática
Exposição de trabalhos de alunos de educação visual da Escola básica e secundária Barbosa du Bocage, de Setubal, na Direção regional de Lisboa e Vale do Tejo |
Há sempre muitas esperanças nas crianças.
Elas crescem e a certa altura algo começa a falhar na nossa sociedade.
Começa a acentuar-se a diferença e a desigualdade e a reproduzir-se a estrutura social de antigamente.
Surge o predomínio de uns poucos sobre muitos.
Como em qualquer sociedade restrita e limitada, os códigos de supremacia só são válidos no âmbito restrito dessa sociedade, mas têm força suficiente para impedir o progresso.
Sim, somos diferentes dos outros povos.
Emocionalmente individualistas, sensíveis e contemporizadores se a depressão não nos cega.
Constituimo-nos espetadores escondidos na nossa periferia.
Refratários aos estrangeirados.
Mas as nossas crianças mostram a sua arte com exuberancia nos breves momentos do esplendor das tintas nas tampas de caixas de sapatos nas escolas.
A vós, senhores dos ministérios da educação, a oportunidade de continuar a cortar no investimento nas crianças, a vós a horrível tarefa de ajudar a enevoar o futuro.
E que horrível tarefa.
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