quarta-feira, 9 de novembro de 2011

34ºcongresso da ANAL

Realizou-se no ultimo fim de semana o 34º congresso da Associação Nacional de Assaltantes e Liquidatários.
As sessões decorreram no grande auditório da sede da Sociedade Lusa de Negócios.
O congresso foi aberto pelo senhor ministro adjunto para os assuntos parlamentares, que se congratulou com o espírito inovador e empreendedor dos membros da associação.
Destacou igualmente a capacidade que os sócios de maior sucesso revelavam, desde muito jovens, de acreditarem em si próprios e na vontade de se realizarem independentemente dos percursos universitários, tal como Cristiano Ronaldo e Steve Jobs, e que isso era um exemplo que os membros da associação davam a todo o país.
As sessões foram presididas por representantes dos ministérios do Emprego, da Administração Interna e da Justiça, revelando assim a excelente colaboração entre o governo e os membros da ANAL.
O presidente da associação lamentou a ainda pequena participação de liquidatários, quando comparada com a representação de assaltantes.
De facto, os banqueiros, os dirigentes das entidades financeiras e seguradoras, os elementos de ligação às off-shores e, de uma maneira geral, os enviados do governo ou os seus parceiros aliados nos conselhos de administração, , não têm , inexplicavelmente, acorrido a inscrever-se na associação, apesar da sua meritória atividade no sentido de liquidar os players económicos mais fracos, e de deslocar a linha separadora entre os rendimentos do capital e do trabalho cada vez mais para o lado do capital, fazendo recair o esforço principal nos trabalhadores por conta de outrem. Por isso lhes foi feito o apelo para nada temerem do poder político, que nunca por nunca os nacionalizará.
Disse o presidente da associação que deste modo as suas atividades se orientavam principalmente para a resolução dos problemas que mais afetam os pequenos assaltantes, criando condições para a prática da profissão e do lançamento na economia das mais valias decorrentes do seu esforço produtivo e ainda propiciando a importação de "know how" estrangeiro mais evoluido em novas tecnicas de assalto e extorsão financeira e atraindo assim o interesse do capital estrangeiro.
São assim de destacar:
- o fornecimento de cursos de formação para rebentamento de caixas multibanco com recurso a gás acetileno e a certificação dos respetivos operadores de abertura não retardada das referidas caixas
- entrega de subsidios aos alunos, que queiram entrar para o mercado dos assaltos, para viabilizar o seu abandono escolar e de prémios às escolas que contribuam para essas saídas
- o aluguer a preços "low cost" de viaturas de alta cilindrada para assaltos a bancos
- constituição de uma base de viaturas deste tipo, normalmente furtadas seletivamente, escolhendo-se o anterior proprietário de modo que não tenha já dinheiro para enviar para o exterior para a compra de novo automóvel
- cursos de formação para furto de automóveis
- levantamento de uma base de dados de cidadãos estrangeiros com casa no Algarve para organização de assaltos com sequestro
- cursos de formação de clonagem de cartões multibanco, na perspetiva humanista de evitar o uso de violencia para obter do proprietário o código do cartão
- cursos teóricos e práticos, na ótica "hands on the job" em postos de transformação para formação de operadores certificados em segurança na desmontagem e roubo de cobre e ferro de postos de transformação e subestações; atividade particularmente contributiva para o aumento do PIB, através do aumento de consumo de cobre e ferro e estimulador do fabrico de transformadores.

O orador seguinte referiu-se às vantagens para os associados da ANAL do aumento do IVA, na medida em que estimula a economia paralela, cujo sucesso é imprescindível para o exito das atividades de assalto e liquidação, com os benefícios subsequentes para a absorção da força de trabalho inscrita nos centros de emprego sem conseguir colocação. De acordo com estudos feitos, o que se perde com a fuga ao fisco na economia paralela é menos do que o que se ganha com a injeção de dinheiro no  mercado fiduciário.

Seguiu-se uma análise sobre as medidas não tomadas pelos sucessivos ministérios da administração interna que pudessem minorar as taxas de sinistralidade rodoviária. Taxas elevadas permitem uma atividade seguradora não tradicional e inovadora que gera receitas e contribui para o PIB de cada vez que ocorre um acidente rodoviário. Neste sentido foi aplaudida a politica de não prevenção seguida pelo atual ministério.

Foi ainda defendido o atual código penal, nomeadamente a possibilidade de, por pormenores formais, ser libertado um assaltante já condenado em julgamento.
Igualmente foi feito o convite para a manutenção dos contratos de permuta, vendas e alugueres de instalações para instalação de tribunais, os quais, por estarem diretamente ligados à área da justiça, servem de exemplo para todos os liquidatários que queiram desenvolver esquemas de rentabilização de imobiliário.

O orador que tratou do turismo realçou a necessidade de regulação do mercado, de modo aos assaltantes de turistas estrangeiros no Algarve,  à saída de discotecas ou em residencias em zonas rurais, ou mesmo em hoteis, saberem até onde podem ir sem receio de, por comparação com outros destinos turisticos, dissuadir as agencias de viagens e as companhias aéreas "low cost" de enviarem mais turistas.

Finalmente, o congresso foi encerrado com uma mensagem de confiança no futuro, por um representante do senhor primeiro ministro, do reforço da aliança entre o setor público e a atividade de assaltantes e liquidatários, no respeito pela sua especificidade e pelos direitos dos seus trabalhadores.


PS - A narrativa acima é ficcional e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

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