Vai um entusiasmo enorme com o filme sobre Thatcher, com Merryl Streep.
A ponto de um ex ministro da senhora ter dito que a interpretação da atriz é "histérica".
Lembrei-me da historieta em que Estaline diz para Prokofief: a sua musica é politicamente fraca; ao que Prokofief respondeu: a sua politica é musicalmente fraca, camarada.
Será caso para dizer que, se a interpretação de Merryl Streep é, politicamente, histérica, então a performance de Thatcher foi, cinematograficamente, histérica.
Foram as politicas de Reagan e de Thatcher, beneficiando da abundancia do petróleo, apesar dos choques de 1973 e 1978, que disseminaram as ideias de desregulação de Hayek e Friedman que conduziram a maior parte do planeta à crise atual. Esta afirmação não tem nada que ver com a subjetividade das ideologias, é uma observação de factos.
Paradoxalmente, Thatcher teve de nacionalizar parcialmente a BP e a Chrysler inglesa.
De recordar ainda os acidentes ferroviários consequencia direta da liberalização e privatização dos transportes.
Mas podem os defensores das ideias de Thatcher estar descansados, o filme vai ser um exito e os espetadores só discutirão os olhos e o penteado de Merryl Streep, não estabelecerão o paralelo entre a politica de Thatcher e a politica de minimização do estado social de quem nos governa.
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