Como se diz em França, "je lève mon chapeau".
E também com a devida vénia à revista Notícias Magazie, do DN e JN.
O peso da moda nesta revista é grande, mas não devemos ser preconceituosos.
Ronald Brodheim é o representante de marcas de moda internacional, com lojas na Avenida da Liberdade.
Filho de Erich Brodheim, judeu austriaco refugiado em Portugal na segunda grande guerra ( lembro-me de quando era miúdo, há muitos anos, de ver uma menina austriaca na Figueira da Foz, tambem de uma familia refugiada; a Alemanha fazendo o mesmo crime e o mesmo disparate económico que Portugal fez com D.Manuel, a quem os historiadores chamam venturoso).
E tiro o chapéu porque com Ronald Brodheim se aprende melhor economia do que com os decisores, gestores e comentadores televisivos (salvo poucas exceções, evidentemente).
Erich Brodheim montou uma firma de importações e exportações e, a seguir ao 25 de Abril de 1974, juntamente com o filho, em vez de fugirem para o Brasil, fizeram o que deviam fazer: como não havia dinheiro para importações, serviram de intermediários para a exportação de "lençois, toalhas, objetos de louça" para os grandes armazens de Londres e Paris... Durante 12 anos, fomos a China daqueles tempos". Como diz Ronald Brodheim sobre o 25 de abril de 1974, "Foi fantástico".
A reportagem não explica se a representação das marcas de moda estrangeiras é atualmente compativel com a incorporação nacional no negócio, mas sobre o periodo 1974-1986, parece ser exemplar, a atuação desta firma.
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