Palmeira já atacada (folhas de cima secando e esmorecendo em forma de guarda chuva. Raizes fracas e desenraizamento devido às chuvas e vento. |
A notícia era preocupante e foi dada pelo próprio senhor presidente da câmara de Lisboa.
Que uma praga de escaravelhos tinha atacado as palmeiras de Lisboa.
Tardio é o diagnóstico e mais uma vez é insuficiente a informação sobre a terapêutica.
Os técnicos sanitários da vegetação devem sofrer tanto como os técnicos de transportes.
Vêem a seu devido tempo as ameaças e as inconformidades, tentam organizar um plano de resolução dos problemas, mas alguem vem dizer que não há dinheiro, ou que a solução é outra, embora não sejam técnicos da especialidade.
O dinheiro que se poupa com a não intervenção nas palmeiras é menos ou mais do que o prejuízo de se deixar morrer as palmeiras?
O que se poupa em não investir nos transportes coletivos é menos ou mais do que o prejuízo do desperdício devido à utilização do transporte individual?
Ignoro se se trata da mesma doença que atacou as palmeiras do Algarve, depois de uma época florescente de importação de palmeiras de 10 metros de altura, para embelezar de uma noite para o dia as avenidas junto do mar e para auto-gratificação dos senhores presidentes de câmara.
No caso da doença dos transportes coletivos conheço mais ou menos as razões da praga, são os escaravelhos automóveis que absorveram a maior quota de deslocações diárias, congestionando o transito e desperdiçando combustiveis fósseis devido à menor eficiencia energética.
Ignoro se a doença da suspensão dos investimentos nos transportes coletivos vai continuar, não obstante os limites de comparticipação nacional nos investimentos estruturais terem baixado para 5% (problema: o financiamento da UE só vem se o projeto do empreendimento estiver bem feito, bem fundamentado e com a avaliação ambiental; não é compatível com projetos feitos à pressa, à medida do decisor político, e no secretismo dos gabinetes).
Na verdade ignoro, não é fornecida informação pública, possivelmente por a fonte não saber o que há-de fazer sem ser cortar nas despesas.
É uma hipótese.
PS - O Instituto Superior de Agronomia já confirmou. Trata-se da mesma praga que apareceu no Algarve em 2007. É mesmo grave e as palmeiras só se salvam se os escaravelhos forem detetados na fase inicial da infestação. Caso contrário serão incineradas. Metáfora da ameaça que paira sobre os transportes coletivos? Ou, sendo eu ignorante em botânica, ser-me-á permitido colocar a hipótese de que nem todas as palmeiras infestadas devem ser incineradas? Para evitar que os escaravelhos fujam para as que ainda estão sãs? E também poderei colocar a hipótese de que os escaravelhos movem-se apenas pelo interesse egoista e a sua atividade não foi devidamente controlada e regulada por quem foi eleito para isso? Como proteger as empresas de transportes dos escaravelhos?
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